Saúde e Bem-Estar figuram entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas 2030, a fim de garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos. A emergência global da pandemia Covid-19 evidenciou a saúde como o bem mais valioso para indivíduos e para a sociedade e reforçou a necessidade de enfrentamento dos desafios que já pressionavam os sistemas de saúde ao redor do mundo, tais como o acesso aos serviços de saúde, as consequências do envelhecimento populacional e alta carga de doenças crônicas.

O potencial transformador do design aplicado à área da saúde emerge pela capacidade de imaginar cenários, experiências e materializar ideias, competências e saberes essenciais para lidar com os desafios de desenvolvimento no Brasil e no mundo no século XXI.

Design e saúde são áreas complementares que compartilham o objetivo de melhorar a condição humana, são centrados nas pessoas, baseiam-se em evidências para atuar de forma prática na solução de problemas. O momento atual de transformação digital da saúde, no qual novas tecnologias são adotadas para prevenção, diagnósticos, tratamentos e gestão de serviços demanda aprofundamento da pesquisa científica para respaldar a concepção de soluções adequadas e que considerem a experiência do usuário, questões de segurança, regulamentação e contingências dos processos produtivos. O design oferece os métodos, práticas e processos essenciais para a integração entre os seres humanos e a tecnologia. Essa enorme demanda requer uma cultura de colaboração que ainda não ocorre amplamente. Portanto, deve ser fomentada no âmbito acadêmico, por meio da pesquisa, ensino e extensão.

O Laboratório de Pesquisa em Design para Saúde é sediado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, reunindo equipe multidisciplinar empenhada em projetar o futuro da saúde de forma crítica, responsável e criativa.